24-JAN-2023
A Câmara Municipal (CM) de Coimbra acionou no dia 24 de janeiro, a partir das 18h00, o Plano Municipal de Contingência para Pessoas em Situação de Sem-Abrigo perante o tempo frio, face às previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), que apontam para uma descida acentuada dos valores de temperatura nos próximos dias. O documento, elaborado pela Divisão de Ação Social (DASo) e pelo Serviço Municipal de Proteção Civil (SMPC), foi aprovado pelo presidente da CM de Coimbra, José Manuel Silva, no passado dia 19 de janeiro.O objetivo deste Plano, elaborado em estreita articulação pela DASo e pelo SMPC, passa por “descrever a estrutura e a coordenação de ações de resposta, de âmbito municipal, a gestão operativa, bem como a forma de mobilização e ativação dos recursos existentes de apoio social à população em situação de sem-abrigo, face à ocorrência de períodos de tempo frio e de tempo quente”.Estão ainda envolvidos no Plano, o Departamento de Ação e Habitação Social, a Companhia Municipal de Bombeiros Sapadores, a Polícia de Segurança Pública, a Guarda Nacional Republicana, os Bombeiros Voluntários (BV) de Coimbra e os BV de Brasfemes, o Centro Distrital de Segurança Social de Coimbra e as Equipas de Rua, Centros de Abrigo e restantes entidades que integram o Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem-Abrigo de Coimbra (NPISA/C). Uma vez que a população abrangente do programa tem maior incidente na zona urbana da cidade, também as Juntas de Freguesia de Santo António dos Olivais, a União de Freguesias de Coimbra, a União de Freguesias de Eiras e São Paulo de Frades e a União de Freguesias de Santa Clara e Castelo Viegas estão envolvidas no Plano.O Plano Municipal de Contingência perante o tempo frio é ativado quando se registam valores mínimos de temperatura diária igual ou inferir a 1ºC, durante dois dias consecutivos. Devido à situação meteorológica, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) alertou para os potenciais riscos, nomeadamente “intoxicações por inalação de gases, devido a inadequada ventilação em habitações onde se utilizem aquecimentos como lareiras e braseiras”, assim como para incêndios devido à “má utilização de lareiras e braseiras ou de avarias em circuitos elétricos”. A ANEPC pede igualmente especial atenção aos grupos populacionais mais vulneráveis, crianças, idosos e pessoas portadoras de patologias crónicas e população sem-abrigo. Lembra-se ainda que o impacto destes efeitos pode ser minimizado através da adoção de comportamentos adequados, nomeadamente evitar a exposição prolongada ao frio e às mudanças bruscas de temperatura.
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